O vestibular da UERJ solicita a leitura de obras literárias para seus exames objetivos e discursivos. Por meio da interdisciplinaridade mostramos que a literatura é meio comum para debate de diversos conteúdos e defendem a importância de extrapolar nossa limitada perspectiva de mundo, pensando e olhando realidades por meio do “outro”. 

A obra “O meu amigo pintor” narra como Cláudio, um menino de aproximadamente 11 anos, enfrenta a morte de seu amigo pintor, um homem que foi perseguido na época da ditadura, perdeu o amor de Clarice e não conseguia se realizar por meio de sua arte. Partindo da forma como a criança observa e compreende essas situações, sem tentar impor a visão do adulto, a obra revela como o menino consegue entender e superar a tristeza pelo suicídio do amigo.

A amizade construída entre o artista plástico e o menino é baseado numa troca: Cláudio leva o olhar da descoberta, a ternura para o drama da solidão do pintor; em contrapartida, o artista ensina ao menino a arrebatadora experiência do mundo das cores e da percepção artística.Cláudio não se conforma com a morte do amigo e inicia uma busca para obter respostas, as quais nunca chegam. Nessa investigação, o menino começa a perceber suas emoções e a realidade circundante por meio das cores. No decorrer da narrativa, o menino passa pelo luto, pela negação, até aceitar que as lembranças do amigo sempre estarão unidas às dúvidas e aos questionamentos sobre sua morte.

Ao longo da aula ministrada pelos professores debatemos a subjetividade artística, a desmistificação do tabu da morte, o resgate da oralidade, a recriação linguística, os recursos expressivos e a relação entre cor-sentimento presente na obra. Todo o encontro foi finalizado com o simulado de questões originais: momento de treinar o modelo UERJ!

Confira os cliques!